Entre todas as patologias neurológicas a mais comum na terceira idade é a Doença de Parkinson, atingindo 1% das pessoas com mais de 65 anos. A Doença de Parkinson se trata de uma patologia crônica que avança de maneira progressiva, também, é lenta e degenerativa e ocorre no sistema extrapiramidal causando um conjunto de distúrbios motores.
Um dos principais benefícios do Pilates para portadores da Doença de Parkinson é a reeducação dos movimentos, reduzindo as alterações motoras causadas pela doença, melhorando a qualidade de vida do aluno. Porém, o Pilates oferece muitos outros benefícios aos portadores da Doença de Parkinson. Acompanhe no post de hoje um pouco mais sobre essa doença e os benefícios oferecidos pela prática do Pilates.
Quais os sinais e sintomas da Doença de Parkinson?
Todo processo patológico da Doença de Parkinson ocorre no Sistema Nervoso Central, degenerando as células devido à redução da concentração de dopamina na sinapse. Esse processo acontece de forma progressiva e é irreversível.
A Doença de Parkinson apresenta 4 principais distúrbios de movimentos, são eles: acinesia ou bradicinesia, rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural. Porém, esses não são os únicos sinais da doença, outros fatores podem ocorrer tanto pela própria progressão fisiológica da doença quanto em consequência dos sintomas físicos ou de fatores psicossociais de cada portador da doença.
Como o Pilates pode ajudar?
Primeiramente, é necessário realizar uma avaliação de desempenho funcional do aluno. Apenas após isso poderá ser planejado os objetivos gerais para as práticas desse aluno. No geral, os principal objetivo é reduzir as alterações motoras e facilitar a independência, melhorando a qualidade de vida do aluno. Além disso, o Pilates também irá proporcionar o trabalho muscular e a realização de alongamentos que quando realizados em conjunto desenvolvem a força e melhora a coordenação motora e o equilíbrio.
Além desses benefícios já citados, o Pilates também trabalha a respiração, outro ponto de extrema importância para portadores de Parkinson. As técnicas de respiração utilizadas durante as aulas de Pilates ajudam na melhora da expansão da caixa torácica e na diminuição da rigidez do diafragma.
O Pilates também pode auxiliar contra o desequilíbrio a instabilidade postural presentes nos portadores da Doença de Parkinson, através da estabilização dinâmica. Para isso, é indicada a utilização de aparelhos e acessórios, estimulando as reações de equilíbrio em todos os movimentos realizados.
Uma outra dica é a utilização de treinos funcionais durante a prática. Dessa maneira, a resposta muscular será maior em relação a atividade realizada com levantamento de pesos. Assim, conforme a força é restabelecida, os movimentos melhoram e as atividades funcionais podem ser realizadas mais facilmente.
É importante ressaltar que o Pilates não impede a progressão da doença, mas proporciona ao aluno todos os benefícios citados e vários outros durante o tempo de prática. Por esse motivo, o Pilates é uma excelente opção de atividade física.